Nunca antes tantas lojas, veículos de comunicação, entidades e associações tinham se unido para fazer uma promoção em conjunto, com tanto planejamento e dedicação. Há uma grande expectativa que a Black Friday, Week ou Weekend conforme alguns vão chamar, tenha um resultado maior em vendas que o Natal.
Esta expectativa está centrada na compra que as empresas fizeram especificamente para a venda, negociando com fornecedores descontos que serão repassados aos clientes rapidamente, com produtos de interesse do consumidor, e não de liquidação de coleções antigas e encalhadas. A promoção deverá ter um caráter de agradar o cliente e não de dar lembrancinhas como vem acontecendo nos Natais dos últimos anos. Esta compra será mais pensada e programada, buscando satisfazer necessidades verdadeiras dos clientes e não de compra por impulso como vem acontecendo nas liquidações tradicionais.
Essas também tem seu valor, mas, neste momento de maior responsabilidade, com os recursos que estão mais escassos, os clientes estão fazendo mais contas e fazendo compras mais racionais, até pela incerteza do momento econômico. O Black Friday é uma mudança importante na credibilidade do varejo. As empresas não aumentam os preços antes, para depois dar desconto. Quem fazia isso já saiu do mercado. Tem até empresas em Santa Maria querendo abrir suas lojas no primeiro minuto de sexta- feira. Isso já é uma quebra de paradigma. Infelizmente, o atual código de posturas do município não permite.
Quem sabe os vereadores liberam a abertura do comércio nas 24 horas do dia. Sem, é claro, ferir os direitos trabalhistas dos comerciários, gerando mais emprego e renda na região. Talvez, ano que vem, seja possível. Em Porto Alegre, no ano passado, teve empresas com filas de duas quadras aguardando a abertura das lojas à meia-noite e um minuto de quinta para sexta, como acontece em muitas cidades do mundo. Parece que estamos acordando. Antes tarde do que nunca. Aproveite o momento e realize seus sonhos.
